segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Carta de amor nº 04

Você me fez esquecê-la ao mesmo tempo em que me encantava. É clichê, mas a primeira vez que te olhei eu suspirei internamente com toda a força de uma coisa que eu não sei explicar. Só me deixa dormir contigo ou passar outro dia ao teu ado. Apesar d'eu ficar envergonhada sempre que vira teus olhos na minha direção, eu prefiro que eles me deem alguma atenção de verdade e não esse vago brilho que eu imagino que tenham quando recebe minhas mensagens.
Me satisfaço só de pensar em você. Eu rio quando lembro de suas frases, sinto vontade de voltar a massagear suas mãos menores que as minhas, meus dedos se esmagam em si mesmos se me recordo dos movimentos no teu cabelo, tão arrumado e atrativo, como tudo que minha memória me deixa ter acesso. Esse sorriso que surge em flashes quando fecho os olhos, a minha vergonha e cabeça baixa por ser tão irresistível.
Me faz falta ter alguém que me dê um frenesi, uma vontade, só que isso se multiplicou pela distância de um ano-luz contigo; creio que seja porque seus sentimentos por mim não são nulo mas, a cada situação ocorre algo diferente e, essa é a vez de o motivo pelo qual meu sorriso bobo me invade a todo momento, ser você.
Você e todos seus significados subliminares, você e a minha vontade de você, você e sua atitude, suas piadas, seus afagos de cabelo em mim, sua desculpa fraca. Você e a sensação de que é melhor eu sugar tudo daquele único dia porque nem ao menos me responde mais.
Eu sinto muito pela minha idade, sinto muito por não ter o tipo de voz que me aproximaria mais ainda e até, por não ser tão bonita, tão doce ou tão mulher. Mas isso não significa que você será esquecido, longe disso. Ainda extrairei textos e, quem sabe, histórias de ti.
A verdade é que nem os pontos negativos conseguem ofuscar toda essa luminosidade que trouxe à minha vida, esse ar fresco e correto, esse querer que me consome, esse romantismo que se mescla com sexualidade, bom o suficiente para me convencer que vale a pena me entregar.

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