sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Poema 187

Escrevo poemas e crônicas como quem tem algo a dizer
Não tenho
O prazer e a desgraça de viver são o que me instigam a combinar palavras numa tela
-
Imploro por reconhecimento como quem implora por amor
Aquietada, subjugada, subestimada, errada
Não sou eu que devo cobrar que vejam o que ou
Sou e o apenas ser tem aberto espaço no emaranhado de ideias na cabeça
Sou e o apenas ser tem me tirado do redemoinho de confusão que me adoece
Sou e o apenas ser é suficiente por hoje
Sou e por isso escrevo
-
Para amar um amor que perdura além dos meios
Para cantar uma canção que não é minha mas me define
Para dançar uma dança que eu criei de outras referências
Para viver uma vida que judia e ilumina
-
Se escrevo afinal não é para ser lida
Não é para ser admirada e querida
Sou e escrevo o que choro, sorrio e vivo
Sou e escrevo pois o ato me dá um certo alívio
Sou e escrevo porque dentre desespero e gozo, sou o que escrevo e escrevo o que sou

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Poema 186

I am missing a step in every stair that I have in my way. It's not like falling but that scary feeling still remains for more than seconds after it happens.
I am constantly knocking myself in furnitures and walls like I can't realize the space that I have and my own body. It gets me purple blue green marks in my skin and also in my mind.
I forget little things and that makes me feel like I have Alzheimer's because I never had memory problems. Actually my power og remembering is one of a kind, I never really forget anything. Not even little things in years. It's a curse.
-
How did I get so stupid? How am I not aware of my physical and mental state? How can I blame something that's not even real, something that's in my brain but I can't get it out of there?
-
I refuse to blame the people that hurted me, even the ones who left me in pieces. I refuse to blame all the horrible stuff I've been through. I refuse to blame anyone else but me, because I feel like I should have control of my own mind.
-
But I don't have it. I can't control it. I feel like I'm not myself anymore, because my brain tells and makes me do and say things that I know it's not the truth, it's not worth it, it's not right. I feel like a stranger, and I don't know how to get back to the real me and if the real me still exists.
-
I try to tell myself that I am not my disease but my disease tells me I don't know who I am. I don't. It's truth, I don't know anymore. I don't even have strength to search or, to fight for this person that I am, that I used to be, that I'm supposed to be.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Porma 185

I keep my memory palace very clear in my head so when I'm struggling to live, I remember that moment and I get back to surviving.
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It's summer and I'm finally meeting the man of my life after a few months just knowing him online, after some fights and after he letting me in again. 
I'm nervous and I walk fast because I'm a little late and it pisses me off, it's so hot I get on the corner of the ice cream shop all sweaty. I try to see him inside and I wait for the traffic so I can cross the street but it takes longer than all the way I've made it so far.
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I step into shop and I see him and for a second he doesn't see me. He's sitting in the bench under the stairs and he holds his phone anxiously. The moment he sees me, he stands and lights up the place, he smiles at me, we hug. We just smile and hug. I can sense his smell and his hair on my face and I'm so happy. For a moment when we separate, he tries to kiss me and I don't aloud.
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We sit and I keep saying 'I'm sorry I'm all sweaty' and we just stare at each other. He tries to make a conversation by telling me how easy it was for him to get there even as a tourist. I say we should get out ice creams and I buy us both while he's looking at the flavors, he doesn't realize what I just did and tries to buy one more. I guess we could have eaten three ice creams after all, it wouldn't be bad.
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We go upstairs in this lovely room and we sit on the sofa and we talk. I don't remember anything we said. I do remember he made a mess with his ice cream, even messing up the floor and couldn't fix it. I laughed and he was ashamed.
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As we finish, we stand up. He turns to me. He kisses me. I feel his skin, he couldn't really embrace me cause his hands wore occupied, but it felt so good. As I touch him, I remember everything that I've ever felt about him.
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We walked. We found a cemetery in the way to another store and we entered and it was the best date of my life. He looks at me like I'm the one person he wants the most in the world, I look at him like he's the one person I love the most in the world. I've never felt more appreciated than in that moment, even with the fact that we wore lost in a cemetery and it was burning hot and we didn't know what to do with ourselves, each one of us alone or us both together.
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I don't remember saying goodbye. I never do, my mind erases that difficult part so I don't relive again like I do with everything else. From that day, I created this memory palace, and it helps me get through hard times. It looks like a simple date, it smells like cinnamon, it sounds like traffic, it tastes like vanilla ice cream and it feels like a hug from someone you've always wanted and needed, and never knew.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Poema 184

De manhã entre pele e preguiça
Eu te farei café e cafunés 
Você sabe como sua calma me alivia 
Você merece todos os mimos que eu fizer
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De tarde eu não vou deixar de te tocar 
O quanto puder vou tentar absorver 
Pra que quando a minha hora chegar 
Eu não chore tanto sem você
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De noite nós seremos um suspiro 
Quando a minha cabeça permitir 
Dentro de você eu me inspiro 
Pra sozinha não cair

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Poema 183

Escreva cartas sem muito sentido e eu as entenderei
Como uma atriz que interpreta o seu papel de outra pessoa
Me ame mas acima de tudo me mostre, eu esquecerei
Pois o meu senso ficou perdido entre confusões à toa
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Toca meu rosto com a tua pele de fruta tropical
Me faz sentir esse calor que eu não consigo exalar
Me abraça e afasta de mim todo o mal
Que insiste em mim habitar
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Convive com os meus demônios e me ensina a continuar
Porque eu canso dessa estrada e penso em desistir
Eu lembro de como você é e cada parte que me fez te amar
Então sobrevivo mais um dia por um triz

domingo, 27 de novembro de 2016

Poema 182

Se tem algo que precisam saber é como essa coisa se alimenta do meu cérebro. Eu digo literalmente, porque eu esqueço coisas banais, eu tenho episódios de dissociação, eu choro praticamente todos os dias. Eu luto contra algo que não é palpável e não é curável.
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Algo na minha cabeça me diz que eu não vou conseguir, seja chegar em casa quando estou tentando segurar uma crise no meio do caminho ou tirar nota em uma prova difícil. Esse algo me tira de mim, faz eu mesma me convencer de que eu não sei de nada e eu não vou sair dessa.
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Eu tenho crises por tantos gatilhos que às vezes eu até demoro pra perceber como aquilo aconteceu e de onde surgiu. Eu choro, meu peito dói, eu não consigo respirar, eu tremo, eu faço planos pra acabar com tudo. Por horas. Por dias.
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Eu não tenho pra onde correr, eu não tenho como me acalmar sem remédios, eu chego a pensar que eu não tenho solução. Quando eu acho que consigo dormir sem chorar, minha cabeça inventa algum motivo novo ou me faz reviver todas - absolutamente todas - as situações ruins pelas quais eu já passei. É uma retrospectiva frequente e torturante pra quem tem boa memória.
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Eu não sei o que fazer, com a minha vida ou com a doença. Eu tento de tudo, e nada parece resolver meus problemas. Eu sou uma pessoa muito prática então a angústia da impotência também me come viva. É como se meu cérebro fosse uma máquina velha que só funciona quando quer.

sábado, 26 de novembro de 2016

Poema 181

Vou te dizer porque a solidão é um perigo
Porque de dia você engole suas mágoas
Você aperta e segura o peito ferido
Então de noite a amargura te encara
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Você dá valor em pequenas situações
A sua cabeça revive os traumas num redemoinho
Só pra te lembrar que a culpa das confusões
É sua por ter escolhido cada caminho
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Vão se passar anos para você se justificar
Para os remédios e a terapia surtirem efeito
Mas ainda será difícil se acalmar
Porque você se perdeu de todos os jeitos

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Poema 180

Eu me desfaço, me embaraço, apresso o passo: nada me faz mais mal que a falta do teu abraço.
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Me perco, estremeço, escureço: ainda assim me dói o peito de te ser esse peso.
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Choro, imploro, corro e peço socorro: um dia eu ainda quero ter teu colo pra me sentir segura de novo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Poema 179

Quero descansar minha alma ferida na tua paciência
No teu colo com o amor que nunca tive
E mesmo que se assemelhe à dependência
Você possa me ajudar com essa história triste
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Me conta os seus segredos e manias
Pois eu quero saber tudo de você
E me abraça com tuas mãos de clamaria
Pra que da dor eu possa esquecer
---
Eu não tenho energia pra seguir na tua direção
Veja, eu só tenho amor dentro de mim
Tenho essa necessidade de redenção
E o desejo que possamos juntos sentir

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Poema 178


Minhas defesas se extinguiram quando você me disse que ia me tirar desse lugar. Você disse que ia voltar pra me buscar, eu chorava e confiei em você. Eu chorei mais.
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Eu tenho essa história confusa e cheia de dor. Eu sou cheia de dor e vivo confusa. Você via por debaixo de tudo isso, você acolheu uma parte de mim que nem eu conhecia.
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Você sabe quando eu te magoo sem querer? Como machuca? É isso o tempo inteiro, dentro de mim, com cada gesto ou acontecimento. Eu sou tão machucada que eu chego a pensar que não tem mais espaço pra ser ferida e de repente, minha cabeça me surpreende.
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Eu vou tirar isso de você, de todo mundo. Eu vou me engasgar com cada palavra e elas vão criar raízes em mim e crescer pelo meu peito até me arrancarem o ar, mas eu não quero isso pra ninguém além de mim.
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Eu não queria continuar porque eu não consigo ver o meu caminho, mas o ato em si seria dolorido demais, assim como decepcionar você. 

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Poema 177

A porta continua aberta enquanto eu me viro 
Paro analisando e me retiro 
Por alguns instantes eu sequer respiro 
Choro a dor de ser sozinho 
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Eu sonho com o momento da coragem 
Quem sabe talvez com a margem 
Mas com mil comprimidos na bagagem 
Supri a minha necessidade 
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Um dia eu fugi e então acordei 
Em sonho eu nem me demorei 
Volta a angústia que me engole de lei 
Regresso um passo e a porta não fechei 

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Poema 176

Eu sei que a minha cabeça e o mundo são uma bagunça 
Mas de algum modo eu me encontrei em você 
Nós nos juntamos nessa ideia futura 
Eu, que louca, vivi a me perder 
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Como eu te convenço que é teu meu coração 
De um jeito que você nunca mais duvide
Porque você entende que tem a minha dedicação 
Mas não percebe que sou sua, a amante que vive 
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É a tua energia que me faz continuar 
E ver luz nos dias em que eu escureço 
Eu não tenho muito no que me agarrar
Mas do seu amor eu nunca me esqueço 

domingo, 20 de novembro de 2016

Poema 175

Você me perdoa quando eu for má?
Porque a vida me moldou assim
Mas me abraça quando eu não conseguir respirar 
Eu também tô tentando decifrar à mim 
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Como é que a gente faz isso 
Eu não tenho como adivinhar 
E como é que o modo que sentimos 
Nos ajuda a vida acalmar?
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Eu sei que eu não faço muito sentido
Só que de mim você tem tudo 
No fundo eu preciso mesmo de abrigo 
Porque não consigo me conectar com o mundo

sábado, 19 de novembro de 2016

Poema 174

You'll never know how much I love you and how my heart aches every time that I think about us and how my body wakes up when you talk to me and how much pain I keep away from my memory palace that hides you in my mind.
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You may know that I've been waiting for your for quite a long time but you don't know that feels like ages inside of me. That just thinking about the word 'alone' starts a fire in my chest and burns all the good little things I've been collecting every since the last crisis.
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You now know all the sweet things that I love about you, like your hair and your smell and the way you hold me tighter and tighter when I'm crying. You know how to calm me down in my rainy days and you know how to make me bright on cloudy ones.
--- 
What you don't know is that I will always have stormy awful days and I can't get rid of them, neither do you. What you don't know is how hard I'm trying to pull it together so I can let it go when I'm with you, because you're the only one who can do this and still love me. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Poema 173

Vou fugir da minha confusão e te encontrar sem ter um plano
Vamos correr nas ruas da sua nova cidade e vou chorar ao entrar nas igrejas 
Eu ainda terei que aguentar mais um longo ano 
Pra finalmente apreciar da vida toda a beleza 
---
Nossa casa será organizada até demais 
Mas a nossa cama nunca resistirá 
Ao nosso apego e a vontade que nunca satisfaz 
Mesmo com horas juntos tentando sanar 
---
Nós teremos problemas em dormir cedo 
Porque qualquer coisa juntos nos parece interessante 
Então você vai me ajudar com os meus medos 
E eu me sentirei amada e suficiente 
---
Cada abraço parecerá como os que foram nos aeroportos 
E a cada noite eu vou te agradecer 
Por ter aparecido pra mim e os demônios ter enfrentado 
Por me trazer de volta à vida que eu queria esquecer 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Poema 172

Tenho sérios problemas com culpa 
Não importa o quanto eu os escreva ou verbalize 
Eles me paralisam com uma dor aguda 
Por qualquer erro passado ou atual deslize 
---
Eu admito que é difícil lidar com problemas 
Ainda mais quando eles te assombram repetidamente 
Mas eu me pergunto porque não são efêmeras 
As crises que me tomam diariamente 
---
Há vezes em que os encaro e espanto 
Com uma força que eu tento evitar esvair
Porém eles continuam esperando em um canto 
E voltam em momentos em que eu só consigo fugir 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Poema 171

Tonight it's thanksgiving 
And even though we don't celebrate 
I wanted to tell you this evening 
How much missing you aches 
---
I wanted to thank you for all the moments that we had together 
I wanted to thank you personally but unfortunately I can't   
I wish I didn't had to send you texts or letters 
Because it doesn't feels the same 
---
I'm sorry if this may be ending in a sad way 
I really wanted to tell you sweet words
But sometimes I can get afraid 
Of losing the one person that I love the most 



terça-feira, 15 de novembro de 2016

Poema 170

Você você e você 
Eu tento viver mas não consigo enxergar 
Te vejo em tudo que consigo conceber 
Te espero, te anseio e choro ao
lembrar 
---
Queria viver somente por mim 
Sem desespero e sem pesar 
Você é meu começo, meio e fim 
Você me guiou mas continuo a vagar
---
Eu entristeço de dor, de saudade, de doença 
Nunca é mais fácil do que qualquer coisa que veio antes 
Você é só uma ponta fina de esperança 
Que eu tento agarrar na minha bagunça gigante 

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Poema 169

I'm not a good liar 
I'm bad at confrontations 
My life only gets harder 
I'm lost without salvation 
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I've been broken in million pieces 
And as I still try to glue them together 
I have this monster controlling my feelings 
And everything always gets heavier 
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I can't breath and my chest hurts 
Like I've been dying all the time 
And this thing only gets worst 
Because it feeds of my lonely crying 

domingo, 13 de novembro de 2016

Poema 168

Hoje eu sonhei com você e queria escrever um poema sobre isso mas não tô conseguindo organizar a dor em palavras. 
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Eu te abracei. Era na sua casa, teoricamente, porque eu nunca estive lá, mas você me abraçou quando me viu e eu acordei me sentindo segura. 
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Eu sonhava mais contigo antes. Não sei dizer se é porque eu esgoto o pensamento escrevendo ou se minha cabeça tá mesmo bagunçada pra caralho. Talvez seja a segunda opção. 
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Eu fui abraçada uma vez no último mês inteiro, e eu fui assaltada nesse mês também. Eu sou essa pessoa solitária rodeada de pessoas e sua falta me corta o coração o tempo todo. 
---
Você me abraçou. Você veio e eu encostei meu rosto no teu ombro, seus braços quentes estavam em mim. Eu me senti segura, e agora, quando eu lembro que continuo sozinha, me agarro à essa ilusão pra não chorar mais. 

sábado, 12 de novembro de 2016

Poema 167

Trago cada cigarro pensando na minha morte 
Eu sei que causarei isso à mim mesma 
Vejo na brasa a falta da sorte 
Fumo minha alma e me perco em tristeza 
---
A chama me lembra um vulcão 
Aceso e pronto pra me engolir 
Parece comigo quando entro em erupção 
Choro de felicidade e dor ao pensar em partir 
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Eles me dizem 'pare com isso, você vai se matar' 
Mal sabem que é minha intenção 
Seja de súbito ou assim a demorar 
Eu sei que não tenho redenção 

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Poema 166

De manhã dói o acordar e não ouvir a sua voz me chamando 
De tarde dói a lembrança de você e meu primo conversando 
De noite dói a falta do seu corpo e o meu entrelaçando 
E o tempo todo dói a lacuna que segue adentrando 
---
Minha esperança varia de acordo com o momento
Tento manter a energia mas sou puro tormento 
Meu tom de voz já te diz qual o sentimento 
E quase nunca eu resisto ao sofrimento 
---
Antes de você eu era uma incógnita fria
De mim mesma mal sabia 
Então agora eu sou amor e agonia 
Na esperança de ter você, minha alegria 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Poema 165

O seu cheiro é a droga mais poderosa do mundo pra mim, e você sabe que eu não gosto de drogas. Quando eu peço pra você deixar uma camiseta comigo quando vai embora, eu torço pra que o cheiro dure pelo menos três dias, porque eu vou dormir com ela e chorar com ela e isso espanta a sua essência. 
---
Eu tenho a lembrança nítida de quando você entra em mim pela primeira vez e seus olhos fecham e sua boca abre e você prende a respiração por segundos e solta em prazer. Quando eu fecho os olhos eu sorrio vendo de novo e de novo essa cena na minha cabeça. 
---
Eu tento lembrar de tudo, tudo mesmo, pra não te perder pra distância e o afastamento. Eu tento lembrar das suas mãos em mim, seja em sexo, seja em crise. Eu tento lembrar do jeito que você me beija antes e dos seus suspiros de depois. Do jeito que você me olha e como você só existe do meu lado e meu corpo relaxa ao se perceber isso. 
---
Eu quero ter uma vida com você. Quero te fazer sorrir todos os dias ao acordar e te beijar todas as noites antes de dormir. Eu não tenho grandes expectativas, eu quero uma vida normal, você sabe, eu nunca tive uma. Eu quero que você sinta essa explosão que acontece em mim quando eu penso em você porque isso é o meu sentimento e vai muito além do amor. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Poema 164

Você sente a falta do meu gosto? 
Do jeito que eu seguro sua mão 
E como o meu riso é bobo 
Meus dedos passeando no teu coração 
---
Eu pergunto porque eu sinto 
Uma saudade do encontro das nossas peles 
A vontade de te ter comigo 
Esse sentimento que nunca é breve 
---
Quero de novo te sentir e saborear 
No próprio universo que criamos  
Fazer valer o dormir e despertar 
Pois nosso sentimento é soberano 

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Poema 163

Não é de morrer que eu tenho medo 
É de viver tropeçando como eu faço 
De continuar o caminho com esse peso 
De ter que sorrir quando a alma é um embaraço 
---
Eu me apavoro é com o fato de ter de acordar  
Con tanta dor que eu não sei como me sustento 
Levantar, sorrir, viver, respirar 
E sempre desejar paz desse tormento 
---
Me falta fé do mesmo tanto que coragem 
Me sobra choro e doença 
Me falta abrigo do mesmo jeito que sanidade 
Me incomoda tanto que eu perco a crença 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Poema 162

I want you to whisper 'oh god' personally 
With your body over mine 
And that way you can't look at me 
Because you're so satisfied 
---
I need the touch of your skin 
The way you embrace in all forms 
And your sweet lips all over me 
With delicate hands that holds so strong
---
You make me cry and come
This bittersweet fantasy 
I guess I don't know how to be alone
And you're the only thing I can't resist 

domingo, 6 de novembro de 2016

Poema 161

Me tomou no colo após o impacto da minha corrida
Sorrimos, choramos, o peito acalmou 
Não havia um momento em que deixasse de me tocar 
Apenas pra ter a certeza de que aquilo era real 
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Os dias passaram como um furacão 
Até meu choro era diferente com você 
Eu sempre lembro de você na minha cama 
E eu te olhando no escuro enquanto respirava 
---
Senti seu cheiro, seu gosto, sua paz 
Os detalhes saltam na história 
Hoje sinto a dor do mundo inteiro 
É triste reviver as cenas do aeroporto 

sábado, 5 de novembro de 2016

Poema 160

Toco sua mente e seu corpo 
De um modo que nenhuma outra fez 
Te mostro o mundo ao meu modo
Em toda sua dor e altivez 
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É muito raro eu não me atingir
Mesmo quando não há significância 
O meu maior defeito é sentir
Qualquer pouca coisa já me fere em abundância 
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Talvez eu ainda não saiba lidar com o peso 
Com o dom e também a maldição 
Absorvo o cotidiano sem pejo 
Aguardando dos outros alguma consideração 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Poema 159

Vou aparecer com um rabo de cavalo e meias rasgadas 
Você pode ver a angústia pelo meu olhar 
Antes que eu consiga raciocinar o que é a estrada 
Eu me perco dentro de mim e falho ao continuar 
---
Essa coisa dentro de mim nunca me deixa 
E eu sufoco no meu próprio choro 
Eu queria esquecer toda a besteira 
Ao invés de continuar sem consolo 
---
Dói como fogo num machucado 
Arde como chama no meu peito 
Eu sugiro que se mantenha afastado 
Pois a dor atinge até quem respeito 

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Poema 158

Você sabe do meu cheiro doce e de nicotina 
Você conhece quase todos os fantasmas 
Quando eu te ouço meu coração inebria 
Quando fala, acalma minha alma 
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Você me disse pra aguentar e ser forte 
Você sentia o meu desespero 
Eu continuo meio certa meio errante 
Procurando pra mim algum sossego 
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Você sorri e brilha na minha cabeça 
Você chora e meu coração adoece 
Não há nenhum momento em que eu esqueça 
Que você é o único que me protege 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Poema 157

Eu tive certeza que você era tudo que eu queria quando você foi embora. Eu estava perdida e sozinha, eu chorava no caminho de volta. 
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Eu conheci você antes sequer de te ver e talvez tenha sido a melhor coisa que aconteceu. Você me fazia sorrir sem sequer me conhecer e no meio de tudo, você me acolheu. 
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O seu sorriso ilumina minha vida, todo santo dia. Eu lembro de quando cantava e como me acalmava, como aquelas curtas horas valiam. 
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Eu chorei por muitos dias e nem sempre você esteve presente. É horrível quando eu estou aflita e você tão longe enquanto eu continuo doente. 
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Eu continuo lutando em silêncio pra podermos viver juntos e eu finalmente ficar bem. Eu sinto que você despertou em mim o sentimento de companheirismo e ter você na minha vida me faz pensar no além. 

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Poema 156

Eu posso te contar as coisas que estão guardadas? 
As que eu escondi numa caixa no fundo do guarda roupa
As que vão te deixar sem palavras
As que me fazem achar que eu sou louca
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Eu posso passar o dia no teu colo? 
Focada no ritmo da sua respiração 
Sorrindo cada vez que te olho 
Sentindo a sua proteção 
---
Eu posso ser somente sua? 
Pois eu nunca me entrego totalmente 
E quando eu estou contigo minha alma flutua 
Parece que não sou mais uma doente 

domingo, 30 de outubro de 2016

Poema 155

Segura minha mão quando formos atravessar a rua 
Me abraça por trás quando eu estiver lavando a louça 
Me diz que eu sou linda não só quando estiver nua 
Mas também me faz querer arrancar minha roupa 
---
Decora meu sabor favorito de sorvete 
Do mesmo modo que eu sei como você gosta do café 
Verbaliza coisas que você pensa sobre a gente 
Fala sobre tudo e acorda minha fé 
---
Aperta minha cintura em várias ocasiões 
E olha pra mim desse jeito que cê faz
Acalma meu choro e minhas ilusões 
De todas as maneiras, me satisfaz 

sábado, 29 de outubro de 2016

Poema 154

Quero apertar sua mão até sentir meus dedos doerem 
Te abraçar no escuro e ouvir você existindo 
Sentir cada toque da sua pele ardente
Deixar que você me abrace por momentos infinitos 
---
Eu quero ter você quando eu tiver pesadelos
Porque você sempre sabe o que fazer 
Sua presença nessas crises infernais  que tenho 
Eu desabo e você consegue me reerguer 
---
Odeio a distância que existe entre nós 
Parece um sonho que nunca foi real 
Tudo que eu quero é ouvir de perto sua voz 
Quero viver com a tua ajuda pra  espantar o mal 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Poema 153

Você tem um lugar em mim 
Não onde eu abri espaço 
Você arrumou um canto só pra si 
Dentro de todo esse embaraço 
---
Eu poderia viver no seu colo 
Na verdade é o meu único desejo 
Sem você eu tento resistir ao choro 
É difícil quando penso no teu beijo
---
Como eu tiro essa dor da saudade 
Quando você está em cada lampejo?
Como eu sobrevivo com a verdade 
Que é sofrer ao pensar no teu cheiro? 

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Poema 152

Ninguém faz ideia do quanto luto 
Essa batalha pessoal que me desgasta 
Continuando mesmo sem sequer um rumo 
E resistindo ao corte da navalha 
---
Quando os demônios me visitam 
Eu me acanho dentro de mim
Peço que me não de deixem aflita
Mas a guerra continua sem fim 
---
E muitas noites ainda chorarei 
Sem entender a falta da paz 
Quando acabar eu apenas sobreviverei 
Quem sabe isso me satisfaz 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Poema 151

Quando tento me descrever minha mente cria um vácuo 
Não é tão fácil quanto falar de outra pessoa
Eu paro na palavra louca e dela não saio 
Ela tem conotações como nenhuma outra 
---
No dia a dia eu resgato essa pequena coisa interna 
Essa chama que não apaga nunca 
Ela me mostra que minha vida vale a pena 
Que ainda há algo de onde sou oriunda 
---
Se me vestir de louca é a solução 
Eu não me incomodo de ser taxada 
Só eu conheço a minha confusão 
E o saber é mais forte que o nada

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Poema 150

I miss him more often than I take breaths in a day
If only a broken heart can be fixed, he'd know how
All I wish is to feel his smell and touch his hair again
But I'm lost between the future, the pass and now
---
Nothing can feel this void inside of me
I get people all around trying to get the part of me that's good
But his blank space belongs to him only
And that part exists because he makes me feel pure
---
I don't even have words to discuss
Because you can't argue with someone like that
Someone that holds you when your life is a blur
Someone that sees the faith in you and shows you your path

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Poema 149

Hoje eu chorei junto com a noite 
Que trouxe uma longa chuva de primavera 
Eu me pergunto se ainda sou forte 
Se há como continuar nessa mazela 
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Não é simples quando você sucumbe feito água 
Quando não se é um rio, mas uma cachoeira 
Cada sensação te pesa na alma 
Você sabe que em tudo se põe por inteira 
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Eu posso me distrair com os aromas desse ciclo 
Sejam os que vem do céu ou até os meus 
Mas de alguma forma sempre me repito 
Assim como hoje quando escureceu 

domingo, 23 de outubro de 2016

Poema 148

Quase me esqueço de escrever alguns dias 
Não é por falta de saudade ou dor 
É que às vezes tento fugir dessa agonia 
Desse sofrimento que me engole sem pudor 
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Tenho tanto amor quanto angústia aqui dentro 
Eu tento correr e fugir mas sempre os encaro
Eu nunca fujo desses sentimentos 
Mesmo que viva sem sequer um amparo 
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Sempre que luto é uma batalha perdida 
Eu não consigo deixar os fantasmas pra trás 
Até quando venço e me torno produtiva
Eles voltam e como sempre roubam minha paz 

sábado, 22 de outubro de 2016

Poema 147

Eu sentia seu calor quando nossas peles se encontravam 
Nossos corpos traduziam o desejo 
O meu sempre frio com você se acalmava 
Nossas noites eram terapia regada à beijos 
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Sinto muito tua falta até agora 
Mas as despedidas me deixaram sem chão 
Tinha a sensação que minha alma rasgara 
Eu perdi você mas também perdi a noção 
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Tive você por menos do que precisava 
Meu corpo se revoltou diante desse fato 
Eu tinha abrigo enquanto chorava 
E então não havia mais nem o tato 
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Tem ficado difícil lembrar de cada detalhe 
Do seu corpo, voz e palavras 
Não sei se ainda peço que me salve 
Mas no momento eu só queria ser abraçada 

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Poema 146

Me toca como uma roupa nova 
Me tira do armário com cuidado 
Me veste no corpo e roda 
Admira como em você eu me encaixo 
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Me tira desse caos que eu chamo de vida 
Me leva pra qualquer lugar que seja contigo 
Eu estou sempre tão aflita 
Sozinha caçando um abrigo 
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Me ama independente da lacuna 
Além das noites e pessoas 
Pois eu o faço com tanta fervura
Que quase me sinto boa 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Poema 145

Pele 
Um toque em meio à angústia 
Sede 
Um beijo por sobre a lágrima 
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Colo
Me aperto querendo grudar em ti 
Calor 
Você segura meu coração 
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Companhia 
Suas palavras acalmam meu mostro
Vontade 
Eu nunca deveria ter te soltado 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Poema 144

Eu conheci tua mente antes do teu corpo 
Posso afirmar que é a melhor coisa que me aconteceu 
Você tomou meu peito pra si todo 
Tua luz brilhou e o resto escureceu 
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Eu tive certeza quando menti 
Você já tinha seu espaço dentro do meu ser 
Não que eu esperasse isso quando me abri 
Mas você o fez do seu jeito leve sem eu perceber 
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Eu sinto tua falta a todo momento 
Como se teu lugar fosse comigo e não em qualquer outro lugar
Eu não sei formas de aliviar o tormento 
Mas ainda me sinto tua mesmo quando a saudade me faz chorar 

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Poema 143

Não sei me acalentar sozinha 
Não sou suficiente sem um apoio
Passo noites me esgueirando dessa linha 
O doce e amargo limite do consolo
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Parei de buscar meu abrigo 
E tomo cuidado com quem sabe de mim 
Eu passei muito tempo presa nesse limbo 
De esperar ajuda e não ter força de resistir 
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Mas ressurjo novamente todas as manhãs 
E mesmo que forçando, eu sorrio 
É difícil lidar com uma pessoa que não é sã
Ainda mais quando ela conhece seus conflitos 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Poema 142

Me amedronta a possibilidade da lembrança 
Do desgaste nos causar separação 
De me tornar não mais que uma sombra 
Que durante os dias você espanta em negação 
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Eu sei que você não mudaria de rádio no caminho 
Quando tocasse uma das que eu sempre cantava 
Apesar de ainda doer você sorriria sozinho 
Lutando para ter prazer em voltar pra casa 
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Os seus braços não seriam mais meu abrigo 
Nem nossos toques explodiriam de sintonia 
Depois de anos eu te chamaria apenas de amigo 
Pois não teríamos contato para evitar faísca
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Eu vivo agarrada às nossas memórias 
Portanto não seria tão difícil como falo
Espero que não tenhamos fim na nossa história 
Pois eu não sei lidar com a vida sem o teu colo 

domingo, 16 de outubro de 2016

Poema 141

Ame-me pelo que não aparento
Pela marca do sol que o óculos deixou em meu rosto 
Pelas noites de pesadelo e tormento 
Pelo fato de eu ainda continuar com o meu esforço 
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Ama minha pele, meu cheiro e meu ser 
Minha voz oculta dos poemas diários 
Minha capacidade de sorrir e sofrer 
Minhas vontades e desejo ardentes e lendários
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Ama o que eu não consigo enxergar 
As sardas, a capacidade, a força 
O modo como me dedico sem hesitar 
O jeito que te encanta de gata à onça 
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Por fim ama o que eu também amo 
O outro acima do tempo e lonjura 
Diz-me que não há nenhum engano 
Que eu encontrei paz nessa loucura

sábado, 15 de outubro de 2016

Poema 140

Esse amor que explode do meu peito 
Teu lugar na cama vazio 
Essa saudade que não me dá sossego 
Minha vida que eu seguro por um fio 
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Tenho toda minha fé nesse laço 
Me mantenho viva pensando em você 
Analisando os próximos passos 
Que preciso dar para poder te ter 
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Meu coração aperta só de lembrar 
Dos dias juntos e dos sonhados 
Às vezes choro querendo te encontrar 
Mas espero pra poder te ter ao lado 

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Poema 139

Vale mais se sentir forte do que realmente ser 
Esboçar um sorriso mesmo com a alma machucada 
Buscar sempre o que te oferece prazer 
Tomando cuidado com pessoas amargas 
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Das pequenas felicidades diárias 
A maior é não me sentir sozinha 
Posso estar à mim mesma contrária 
Mas há essa paz de ser somente minha 
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Estou quase no topo da montanha russa 
Que pode simplesmente desligar e cair 
Então lembro que não há desculpa 
Que me faça de novo desistir

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Poema 138

Me tornei uma compilação de erros e acertos 
Sou o que sou e não o que sofri
Mesmo vivendo com um certo aperto no peito 
Resisto e sobrevivo sem fugir 
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Eu vou perder o controle algumas vezes 
Como quando bati carros por nervosismo 
Mas cá estou ainda sorridente 
Superando expectativas e vícios 
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Não me moldo nesse mundo 
Cada conquista pessoal é dramática
Porém respiro e no outro dia acordo 
De um pesadelo que me deixou nostálgica 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Poema 137

De quando em quando eu me doo demais 
Mais do que o aceitável e ainda além do meu permitido 
Às vezes me esgotar me satisfaz 
E em outras eu só sinto que o esforço foi perdido 
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Tento me afastar do que me suga 
Acabo voltando por própria vontade 
É complicado quando o ambiente não ajuda 
Mais ainda, quando mentir é uma catástrofe 
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Eu posso ficar triste por vários dias 
E nada volta ao que era antes 
Hoje eu consigo resistir à agonia 
Então não me importa se não foi suficiente 

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Poema 136

Ele anestesia meu ser feito Rivotril 
O ansiolítico que me apaga nos momentos difíceis 
Em que mesmo sua voz soa como apenas um fio
Uma linha me lembrando de viver pelos teus resquícios
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Quando ele se foi meu corpo se revoltou 
Minha cabeça não sabia como processar 
E hoje quando me diz que de saudade chorou
O peito aperta só de imaginar 
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Em breve eu o terei novamente 
Mas ainda não posso fugir de pensar 
Será de novo a tua pele quente?
Pois eu prefiro o toque às palavras a me acalmar

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Poema 135

Eu paguei um alto preço por ser sensível 
Por viver minhas emoções com fervor 
Então eu descobri que esse poder é incrível 
E pode me salvar dum mundo sem amor 
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No começo eu até tinha pudor 
Em mostrar a empatia em mim 
Mas depois percebi que sem rancor
Eu posso viver mais feliz 
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Ainda sofro com quem não se esforça 
Quem não aprende a ver de outra perspectiva
Talvez seja isso que me dê força 
Enxergar com olhos dos outros a minha vida 

domingo, 9 de outubro de 2016

Poema 134

Você se lembra do cheiro da minha pele? 
Como nossos corpos geram uma descarga de energia 
Como meu toque nunca é breve
E como apesar do desencontro temos sintonia?
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Queria que lembrasse de mim como o faço com você 
Automaticamente o tempo todo 
E quem sabe a saudade pudesse um pouco ceder 
Um espaço pro amor nesse peito frouxo
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É difícil cada dia sem ter o seu contato 
Ao mesmo tempo te amar mais a cada lembrança 
Nunca soube bem o significado de espaço 
Até vivê-lo entre nós com essa distância 

sábado, 8 de outubro de 2016

Poema 133

I usually undress in my own clothes 
By letting people know my history 
I'm not worried that I may be exposed 
Because I found relief in sharing memories 
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I hardly discovered that I'm not any of the traumas 
I know now I'm bigger than the pain 
And even though sometimes I fell in a coma 
I'm aware of the essence that still remains 
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It's not a problem to walk with fear 
It's terrible not to walk at all 
I know I've been stumbling through the years 
But at least my feet have always touched the ground 

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Poema 132

Renasço periodicamente 
Tenho algo dentro de mim que resiste 
Mas a cada manhã, na minha mente 
É a sua figura que persiste 
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Dessa estrada que eu segui 
Ainda lembro de muita coisa 
De algum modo eu sobrevivi 
E posso dizer que ainda tenho força 
---
Então é dia e eu posso sorrir 
Porque tua voz me protege 
E mesmo que não esteja aqui 
Eu sinto no imaginário tua pele 

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Poema 131

Tell me something I don't know 
Like how my sights are all funny 
And how you feel when you need to be strong
Because sometimes I just feel ugly 
---
Bring me back to the passion we've had 
It's been so long I don't feel it anymore 
I wish I could only see the path 
That leads to you and back home 
---
I'm sorry for being such a mess 
But I think I finally know my essence 
I'll have to take step by step 
Be sure to keep up next to me 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Poema 130

I don't mind being your mission
Because I know that with I have a chance
And although my life has been vicious
I'm glad you help me find who I am
---
I miss our little talks in the morning
The way you hold me was unforgettable
And even though I feel like mourning
I still hope someday I'll have you
---
When I wanna disappear and give up
You always have words to calm me down
I just miss you so much it hurts
I wish you could hold me and not talk at all

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Poema 129

I want you to cum all over me
Fill my void with parts of you 
Treat me like I should be 
In that way only you do 
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I want to rest my broken heart
On your cinnamon smell 
Forget about the life that's hard 
And love you like you've never felt 
---
I want the softness of your care 
But also the way your tongue hits me 
I know that somehow you're aware 
Of my strange and different needs 
---
I want to be a part of your life 
The part that puts a smile on your face 
I'm sorry if this may be unkind 
But you're my only possible scape 

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Poema 128

Meus pensamentos tomam rumos desconhecidos
Eu posso agir como se não quisesse enfrentar 
Não encontro maneiras de fugir do abismo 
Mas no fim do caminho eu sei que você está lá 
---
As esperanças foram perdidas há algum tempo 
Eu me torturo só de pensar 
De algum modo você alivia o tormento 
E eu sei que no fim do caminho você está lá 
---
Eu sobrevivo ao mundo sozinha 
E encontro forças para continuar 
Pois mesmo que a realidade seja sombria
No fim do caminho eu sei que você está lá 

domingo, 2 de outubro de 2016

Poema 127

Decorei o caminho que meus dedos faziam no seu peito
Enquanto você tentava me acalmar do choro 
E agora quando nas crises eu me deito 
O seu espaço na cama me deixa sem consolo 
---
Você me surpreende com seu jeito de me cuidar 
Porque eu não consigo pensar nessas horas 
E você aprendeu sozinho como abrandar 
Essa coisa que na minha cabeça mora 
---
Quero que chegue logo o dia 
Em que no teu abraço eu me recupere 
Por hoje eu tenho só a agonia 
E as lembranças do teu cheiro e tua pele