segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Poema 01

Minha vida é tragicomédia
Me perco entre riso e lágrima
Tiro de mim a balela
E encorpo uma alma rasgada
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Eu não me sirvo
Não caibo e não pertenço
De um organismo vivo
Passei a viver entre ódio e beijo
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O desespero não me toma
Mas a angústia me engole
De tudo que ela devora
Sobram lágrimas e fome
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Ninguém me corroeu
Eu aprendi a me destruir
Arranquei muito e doeu
Hoje é até difícil sorrir
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Não sei bem pra onde vou
E nem ao que devo atentar
Sinto que algo se deslocou
Desde então aprendi a lamentar
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Minha verdade é rara
Eu assumo, não discuto
Vivo dando a cara à tapa
Talvez um dia me torne puro

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