quinta-feira, 30 de junho de 2016

Poema 33

Qualquer palavra já me é um consolo
Pois nesse caos eu só falho 
Eu peço que seja duradouro 
Pois você me abraça em cada percalço 
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Nos cantos mais escuros você amanhece 
Mesmo quando não sei a direção 
Você me guia e reconhece 
A dor de quem já esteve nessa posição 
---
O meu medo é maior que eu mesma
Você o diminui mas ele é persistente 
Você me abriga em seu carisma 
E o amor me faz forte novamente 

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Poema 32

Constantemente desabo 
Nunca tenho o que agarrar 
Não tenho noção do estrago 
E o que faço é me culpar
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De todos os impasses que podem surgir 
Sou minha maior inimiga 
Tenho medo do que posso sentir 
Me apavora o fato de ser destruída
--- 
Quantas crises levarei 
Até me sentir suficiente? 
Não sei quantas noites chorei 
Mas ainda me sinto dormente 

terça-feira, 28 de junho de 2016

Poema 31

Não queria me sentar e escrever 
Parece que o que sair será tóxico 
Nesses dias só tenho feito é sofrer 
Como se o fim estivesse próximo 
---
Você sabe aquela sensação 
De que o mundo gira e não te espera 
Que as tormentas não tem razão 
E qualquer garoa te desespera? 
---
Corro em círculos dentro de mim mesma 
Cada batalha é mais uma discórdia 
Não encontro paz onde quer que esteja 
Sou mais uma aguardando misericórdia

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Poema 30

Noite passada foi um pesadelo 
Não me recordo de quase nada 
Lembro somente do desespero 
E me sinto esgotada 
---
Quantas coisas eu senti 
E resumo em sair do meu corpo 
Às vezes eu tento fugir 
Mas não sei como e sinto nojo 
---
Existem fantasmas escondidos 
Eles tentam com força escapar 
Eu não vejo mais sentido 
E nem tenho forças para evitar 

domingo, 26 de junho de 2016

Poema 29

Existem dias bons e ruins 
Eu não escolho e não prevejo 
Não há preparo ou afins 
Eu apenas acordo e sinto o lampejo 
---
Cada vez a dor se supera 
E a calmaria mantém o ritmo 
Minha'lma sempre desespera
Luz e dor dançam no íntimo 
---
Enfrento sozinha essas batalhas 
Sorrio ou choro dependendo do dia 
Aguento o corte da navalha
Ou a felicidade que irradia 

sábado, 25 de junho de 2016

Poema 28

Por favor bata à minha porta 
Quando eu atender, me acalente
Me tire desse estado semi-morta
Acorde-me desse pesadelo dormente 
---
Por favor me mostre o afeto 
Ele se perdeu na distância e no tempo 
Algo parece não ser mais concreto 
Nos resumimos em amor e lamento 
---
Por favor não me abandone 
Eu já vivi esse aperto 
Nos meus delírios ou insone 
É a tua vontade que consome meu peito 

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Poema 27

Hoje quando deitei para dormir 
Na terceira e última tentativa 
Senti minha cabeça explodir 
As vozes me deixaram perdida 
---
Falo e escrevo muito 
Ao menos quero expressar essas ideias 
É sincero o meu intuito 
Porém elas ainda me rodeiam 
---
Quero correr fugir ou morrer 
Só não há como escapar de mim mesma 
Nessa montanha russa tento sobreviver 
Mesmo não enxergando com clareza 

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Poema 26

Mergulho em outras pessoas
Ouço suas histórias e seus corpos 
Então a vontade escoa
Acabo como em farrapos 
---
Distraio-me com outros setes 
Mas o sentimento te pertence 
Nenhum deles tem os seus poderes 
Nada se compara ao nosso romance 
---
Te procuro em detalhes 
Porém nisso nunca tenho sucesso
Não há amante que se assemelhe 
Somente contigo estremeço 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Poema 25

Você me lembra doces manhãs de domingo
O cuidado nas madrugadas conturbadas 
Mas a grande falta que carrego 
Deixa-me por horas agitada 
---
Você me diz que a hora é logo
Eu sonho e acredito e luto
Espanto a ideia do náufrago 
Mesmo angustiada te escuto
---
Você me lembra paz e calma 
A atenção por cada sentimento 
Mas o vazio me rasga a alma 
E vivo entre nostalgia e lamento

terça-feira, 21 de junho de 2016

Poema 24

O meu peito aperta
Cada vez que não te sinto
Eu deixei a porta aberta
Para você voltar sorrindo
---
Eu me perco na saudade
Nos suspiros de tristeza
No entanto na verdade
Amo a dor cheia de beleza
---
Mesmo me sentindo incerta
Tenho em você a segurança
Eu deixei a porta aberta
Pois é tua minha confiança

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Poema 23

Mesmo sendo capaz de te sentir
Com essa distância imensurável
Eu não consigo mentir
Meu coração é desconfiado
---
Você me beija por uma rede
É sincero mas não palpável
Essa lonjura nos repele
Por vezes pareço abdicável
---
Dentre fantasmas e euforia
Vou em tua direção
Não desista de nossa harmonia
Não nos deixe morrer em vão

domingo, 19 de junho de 2016

Poema 22

Nos dias em que a tristeza me toma
O sol aparece e sorri
Eu conheço o seu idioma
Sem nem perceber já me aqueci
---
Exista uma calmaria interna
Que desperta com a luz solar
A sensação de que até a baderna
Tem seu horário e lugar
---
Quando a temperatura cai
Eu me esforço a animar
Acontece que o universo me atrai
E juntos podemos nos inflamar

sábado, 18 de junho de 2016

Poema 21

No amor não havia mais fé
E num dia de sol você brilhou
Me ajuda a caminhar com meus próprios pés
De modo que ninguém o fez, me acalentou
---
Eu não tenho como matar os demônios
Mas você me protege enquanto atacam
Por isso é tão frande meu fascínio
A tua calma enquanto me maltratam
---
Espero não ser abuso pedir teu colo
Eu apenas quero estar em casa
Nos dias em que me descontrolo
Sua luz me faz sentir reconfortada

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Poema 20

Eu não espero que entendam
Não é uma fase e não vou sair curada
Há dias em que quero que explodam
Há dias em que estou derrotada
---
Não é falta de otimismo
Dói e eu quero sossego
Mas vivo à beira do abismo
Entre a força e o desapego
---
O pior é a solidão
Um banho quente ou abraço ajudam
Só que continuo sem chão
Buscando antídotos que não aliviam

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Poema 19

Não lhe juro amor eterno
Não sou nem ao menos constante
Eu lhe juro afeto moderno
Esse nosso particular e ofegante
---
É muito estranho ser um par
Mas me levo pela dedicação
Não tenho do que reclamar
Exceto o oceano de aflição
---
Nossos seres estão em harmonia
Ficou difícil definir
Em nossa torta simetria
Nos basta apenas sentir

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Poema 18

Como uma flor maltratada
Você se fecha e não espera
Não há mais esperança em ser amada
Até que alguém se supera
---
Você conhece meus vários sorrisos
Meu sabor e minha pele
Simplesmente entrou despercebido
E a vontade que me descabele
---
É teu o meu toque e minhas lágrimas
É teu o meu gemido noturno
Eu não esperava mais nada
Até que você fez luz em meio ao escuro

terça-feira, 14 de junho de 2016

Poema 17

Sou das que escreve cartas
Das que cegas, acreditam
Em sonetos e serenatas
Das que quando sentem, gritam
---
Por um tempo me escondi
Fiz o jogo moderno
De fingir não te querer aqui
Coisa desse povo enfermo
---
Na verdade não sei camuflar
Nos dias de hoje parece insanidade
Eu afloro cada coisa que brotar
Não fujo da minha verdade

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Poema 16

Antes de dormir eu imagino
Seu peito quente e voz calma
Se não choro, durmo sorrindo
Sentindo o vazio da tua falta
---
Eu não quero soar repetitiva 
Mas é como um monstro embaixo da cama
Eu evito olhar e fico aflita
Se encaro, surto. É um drama
---
É difícil focar no logo
No futuro breve em que estará aqui
Permaneço escrevendo monólogos
Pensando em vocês, nós, em mim

domingo, 12 de junho de 2016

Poema 15

It's like you're running through a forest
You don't know why or for how long
You know you have to get to a road
You don't know how or where it goes
After a long time you've found one
You think you might be going home
But when the road ends there's another forest

You're lost again

sábado, 11 de junho de 2016

Poema 14

Tem dias em que eu sinto
O incômodo do breve
Eu sucumbo ou insisto
Até que ele me leve
---
Eu evito o evitar
Deixo que venha com toda a força
O que faço é me preparar
Para que a onde não me distorça
---
Espero de braços abertos
Aprendi a acolher a dor
Mas toda vez que é incerto
É inevitável o torpor

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Poema 13

Feito ferrugem me corrói
Cá estou a lamentar novamente
Montando como um quebra-cabeça o que dói
Sentindo o aperto e as mãos dormentes
---
As metáforas são o único modo de traduzir
Um acúmulo de sentimentos que pesam
Eu que não sei lidar acabo por ruir
Perdida nas palavras que se atropelam
---
Não venha me dizer sobre empatia
É imensurável a ansiedade
Mesmo que sinta a agonia
Só eu sei o que é viver sem liberdade

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Poema 12

Uma vez ao ano eu despedaço
Envelheço mas me faço renovar
Uma vez ao ano erro o passo
Me esforço mas acabo em tropeçar
---
Quantos anos ainda falta
Para que meu coração não doa?
Quantos dias me restam
Tentando ser boa?
---
Madruguei em dúvidas
E hibernei para evitar
Meu corpo sente a angústia
Um descanso vinha a calhar

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Poema 11

Midnight, twenty-one
Today I'm not scared to live
I'm proud of what I've become
I'm smiling trough this shit
---
I finally understand
How it is to be a metamorphosis
I may have stones in the way
But I aim to be disclosed
---
I won't try to be perfect anymore
Somedays I fall yet I stand
Even if I care for the world
I'm standing for me, by my own demand

terça-feira, 7 de junho de 2016

Poema 10

I remember you'd sing me a lullaby
When I had these crises I can't control
You wouldn't stop untill I was fine
Fine enough to feel like home
---
I remember you'd question me
About the bad things I said
Because clearly I couldn't see
Any good that I made
---
I remember it feels like breaking chains
Letting everything go and you in
I wish I could spend all days
Listening to that sweet voice again

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Poema 09

It feels like a time bomb
I own this bag of emotions
And though I carry on
They always ruin my devotion
---
I will never play the victim
Despite of how broken I am
But I will ever be conflicted
On how they've got inside my brain
---
I try to be colorful
Even on days when there's rain
I know I'm a time bomb
And I cheer when seconds fly away

domingo, 5 de junho de 2016

Poema 08

I've never had much hope
All I know was that I had to try
And whenever I look at this world
It makes me so sick I wanna cry
---
I keep telling myself
I should be the revolution
But these days feel like hell
Almost like there's no solution
---
We can't close our eyes
Yet I'm fragile to deal
How can I handle the demons inside, 
And still fight the big wheel?

sábado, 4 de junho de 2016

Poema 07

If only you'd lay in my bed
Carefully so I wouldn't wake up
I'd make you midnight snacks
After a long hard fuck
---
Affection is not a game
I'm so needy I feel empty
Is not a puzzle or even a exchange
Is realizing that you're next to me
---
Missing your touch and our naps
I think about us and waste nights
Is it worth or is it a trap?
Need at least control my mind

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Poema 06

The touch of your lips
The road in my chest
The arch of my hips
My opened legs
---
While your fingers are inside of me
Your smile keeps me horny
I'm not able to make it happen
But I ask for you and you only
---
What I lack in shame
I've plenty of in desire
You call me a flame
Though I'm a wildfire 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Poema 05

I came as a wave
Inconstant but never afraid
Couldn't even see the way
Never stopping or ashamed
---
It doesn' mean I'm predictable
But I'm treated like a fool
If you're really into this world
You must let it go
---
As long as you ask yourself
How to deal with this nature
I'll be forever thankfull
Of your effort to come through

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Poema 04

It's so sad when you're not here
I can't avoid to miss your smile
I almost wish I couldn't breath
So I wouldn't be the one left behind
---
Sometimes it feels like alcohol and fire
Sometimes it's like falling from a step
Sometimes I get a lot higher
To hide this feelings that I have
---
Nothing compares to when you're around
Cause I can touch and feel you near
But there are moments like now
When all I'm asking for is to disappear