domingo, 16 de outubro de 2016

Poema 141

Ame-me pelo que não aparento
Pela marca do sol que o óculos deixou em meu rosto 
Pelas noites de pesadelo e tormento 
Pelo fato de eu ainda continuar com o meu esforço 
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Ama minha pele, meu cheiro e meu ser 
Minha voz oculta dos poemas diários 
Minha capacidade de sorrir e sofrer 
Minhas vontades e desejo ardentes e lendários
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Ama o que eu não consigo enxergar 
As sardas, a capacidade, a força 
O modo como me dedico sem hesitar 
O jeito que te encanta de gata à onça 
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Por fim ama o que eu também amo 
O outro acima do tempo e lonjura 
Diz-me que não há nenhum engano 
Que eu encontrei paz nessa loucura

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